... A HISTÓRIA CONTADA PELO PRÓPRIO FUNDADOR DA FBRN
"Após a fundação da primeira praia de naturismo no Brasil e, logo em seguida, da AAPP-Associação Amigos da Praia do Pinho, em 1986, a criação da Federação Brasileira de Naturismo é relatada por Celso Rossi, no livro "Naturismo: A redescoberta do homem."* conforme segue: "O interesse da imprensa e das pessoas pela Praia do Pinho, a cada ano, ia aumentando e já não estava difícil vislumbrar um futuro, não muito distante, com algumas dezenas de milhares de pessoas praticando o Naturismo no Brasil.
Ao mesmo tempo, dentro de um Movimento tão polêmico, era nada confortável a sensação de se estar com todos os ovos na mesma cesta. Caso alguma coisa acontecesse com a Praia do Pinho, inviabilizando-a para o Naturismo, somente após outros vinte anos, talvez, reunir-se-iam, em um mesmo local e tempo, os fatores necessários ao surgimento e desenvolvimento de uma área naturista. A única maneira de assegurar a continuidade do movimento Naturista Brasileiro era desenvolvê-lo em outros pontos do País.
Na barraca, que era minha casa e escritório, já havia montado uma mesa de bambu, sobre a qual estava a máquina de escrever.
Numa tarde chuvosa do mês de janeiro de 1988, sentei à mesa, rascunhei e datilografei os estatutos da Federação Brasileira de Naturismo - FBN, que seria a entidade nacional que promoveria a fundação e desenvolvimento de novas associações no Brasil e as manteria unidas pelo mesmo ideal.
Como ainda não havia outras associações, e para que a FBN não fosse uma entidade de uma só pessoa, comprei um livro de atas e registrei a fundação da FBN como sendo o resultado de uma reunião ocorrida no restaurante da Praia do Pinho, em 15 de janeiro de 1988, entre o Presidente da AAPP e o representante da International Naturist Federation no Brasil, Hans Frillman. (Nota: esta reunião não existiu de fato e Hans Frillman ficou sabendo disso e assinou o Livro Atas da FBrN muito tempo depois.)
No feriado da Páscoa, pouco mais de um mês depois disso, aproveitando o grande movimento de naturistas na praia, organizei e presidi três reuniões no mesmo dia: uma às 14 horas, uma às 18 horas e outra às 20 horas, todas no restaurante da Praia do Pinho.
Na primeira reunião, com mais de 20 naturistas do Rio Grande do Sul, fundamos a AGN - Associação Gaúcha de Naturismo.
Na segunda reunião, também com vinte e poucos naturistas do Paraná, fundamos a APAN - Associação Paranaense de Naturismo e, na terceira, com trinta e poucos naturistas de São Paulo, fundamos a SP-Nat - Associação Paulista de Naturismo.
(...)
Do Rio de Janeiro, fui a São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, acompanhando as primeiras reuniões da SP-Nat, da APAN e da AGN, para elaboração e aprovação de estatutos.
Vinte dias mais tarde, encarei mais um roteiro de reuniões nas três capitais.
(...)
Entre encontros e desencontros, as associações iam promovendo reuniões e debates, mas com muito poucos frutos. Era um trabalho difícil.
Com o passar dos anos, fui percebendo que de cada três associações que ajudava a criar, duas sucumbiam em pouco tempo. Geralmente, não sobreviviam às discussões para elaboração dos próprios estatutos. Se passassem disso, corriam sérios riscos de dividirem-se durante os processos eleitorais. Assim, era importante o apoio aos novos grupos.
Da experiência desse processo, acabei desenvolvendo um sistema de núcleos naturistas, comandados por delegados da FBN (antiga sigla da FBrN), nomeados diretamente pelo Presidente. Sem personalidade jurídica própria, eram extensões da federação, com um regulamento já definido. Dessa forma, foram suprimidos os dois maiores obstáculos à afirmação das novas associações: estatutos e eleições. Quando atingiam um porte mais consistente, acima de cinqüenta membros, já com algum tempo de experiências teóricas e práticas no gerenciamento do grupo, transformavam-se, então, em clubes ou associações, rompendo o "cordão umbilical" com a FBN." ....Leia mais, comprando o livro no Link abaixo!!!